sexta-feira, 23 de janeiro de 2009

O meu filho não gosta disto!

Cada criança é um caso e a sua alimentação varia em função da saúde, idade, hábitos de família, etc. E, ao contrário do que muitas vezes se julga, comer muito não é o mesmo que comer bem - a qualidade está em primeiro lugar.
As crianças são inteligentes, espertas e facilmente dizem que não a algo novo, algo que desconhecem. Não conhecem, não sabem, têm receio!

O mesmo acontece com a alimentação, quando dizem que não a novos alimentos, sabores e texturas sem os terem experimentado, dando um não como resposta simplesmente porque lhes apeteceu ou porque o alimento não tem um aspecto apelativo ou não passa na televisão.

É muito importante que os pais não desanimem quando ouvem um não. Em vez de transformarem a situação em algo negativo, devem encará-la como um desafio e pensarem no quanto se sentirão realizados quando conseguirem levar a criança a experimentar. Sem pressas, sem forçar, com tempo e paciência e, muito importante, sem chantagens ou recompensas.

Cada criança é um caso e a sua alimentação varia em função da saúde, idade, hábitos de família, etc. E, ao contrário do que muitas vezes se julga, comer muito não é o mesmo que comer bem - a qualidade está em primeiro lugar.

Por isso, deve-se oferecer às crianças alimentos variados, com diferentes consistências e texturas, procurando assim despertar o paladar e a curiosidade em relação a comida.

Na hora da refeição é importante que o ambiente seja tranquilo, para se poder saborear com calma a comida, respeitando o ritmo de cada um. E não se deve esquecer que o pequeno-almoço também é uma refeição, sendo tão importante como as refeições partilhadas com os mais novos.

Deve dar o exemplo ao seu filho, comendo o que quer que eles comam. De que adianta dizer a uma criança para comer sopa ou legumes se os pais, que lhes servem de modelo, não o fazem? O exemplo é o melhor incentivo para as crianças.

Tente fazer o prato do seu filho colorido e animado.

Em resumo, deixe que o seu filho experimente alimentos diversificados, ensine-o a experimentar, mostrando-lhe os benefícios daquilo que come, e deixe que descubra os diferentes paladares, não restringindo ao seu filho aquilo que os pais comem.

Permita que escolha o que prefere comer dentro do vasto leque de opções saudáveis que são oferecidas e não lhe incuta apenas os seus gostos ou preferências.

Ana Rita Ferreira, nutricionista
Henedina Antunes, pediatra doutorada em Pediatria na área da Nutrição

Nota: texto retirado do site Educare

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